Como praticar o acolhimento em momentos difíceis

Lembro até hoje de um atendimento em que falei para a cliente:

“Nesse momento, talvez o que você pode fazer é acolher esse sentimento”.

Ela me perguntou com espanto: “Mas o que é acolher? Como se acolhe um sentimento?”

Fiquei surpresa porque percebi naquele momento que não aprendemos sobre educação psicoemocional na escola (e muitas vezes nem na vida). A educação emocional em muitos casos acaba sendo algo que recorremos apenas em situações emergenciais, embora esteja claro que MUITAS pessoas se beneficiariam e viveriam muito mais realizadas se praticassem o autoconhecimento e se tivessem mais habilidades psicoemocionais.

O principal ponto a entendermos é que as emoções não são nossas inimigas, todas são importantes e nos sinalizam algo que precisamos observar em nossas vidas.

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Em nossa cultura muitas vezes ouvimos que é errado expressar ou ter emoções, que isso é fraqueza e que é ruim ser “vulnerável”. No entanto, é justamente o sentir que nos direciona mais claramente para o que faz sentido para nossas vidas, e é inclusive a expressão de emoções que nos conecta com outros seres humanos.

Mas então, sabendo que todas as emoções são importantes, qual é o caminho para acolher emoções que talvez não gostaríamos de estar sentindo?

Para isso, primeiro você precisa identificar qual é a emoção/sentimento que você está sentindo. Você sabia que existem todos esses sentimentos( clica aqui)?

Segundo você precisa identificar qual é a necessidade que está por trás dessa emoção (exemplos: afeto, respeito, cuidado, segurança, consideração etc.)

Depois você precisa se nutrir com o que pode satisfazer a necessidade.

Exemplo: se você precisa de afeto, cuidado e atenção, se ofereça isso. Como?

Se alimentando com o que você gosta, fazendo atividades prazerosas, se permitindo expressar a emoção à vontade, escrevendo sobre suas emoções se você sentir vontade. Basicamente a tarefa aqui é que você faça o que o seu corpo está pedindo.

Essas são apenas algumas ideias, mas existem milhões de formas de nos acolhermos. Qual é a sua?